Efren do Nascimento: uma vida dedicada ao esporte e lazer

18 de outubro de 2015 - 17:25, por Marcos Peris

Entrevistado da semana

Entrevistado da semana

No quadro Entrevista da Semana, o Portal Lagarto Notícias conversou com esportista e ex-secretário municipal do esporte e Lazer, Efren Nascimento. Durante o breve diálogo, Nascimento relembrou os tempos de em que comandou a secretaria municipal de Esporte e Lazer, bem como, falou das suas expectativas em relação ao futebol de Lagarto. Acompanhe a entrevista na íntegra:

Lagarto Notícias – Quem é Efren do Nascimento?

Efren – Efren é uma pessoa dedicada, lagartense, que começou a vida no comércio em uma cooperativa do Treze e depois fui para a Central de Cooperativas em Aracaju, dai fui chamado para ser gerente da cooperativa de Arapiraca, onde fiquei por seis anos. Logo após a minha volta montei um comercio, o qual permaneci até ano de 1997, ano em que fui convidado pelo prefeito Jerônimo Reis para assumir a secretaria de Esporte e Lazer do município e fiquei na pasta durante 12 anos, que foi na gestão de Jerônimo e Zezé Rocha.

LN – O que o senhor sente mais saudade dos tempos em que organizava os grandes eventos esportivos?

Efren – Fico até um pouco emocionado pelo trabalho que eu fiz foi com o apoio dos prefeitos, comecei a fazer os jogos estudantis com todas as escolas de Lagarto, na cidade como no interior. Nós fazíamos a abertura com um desfile na rua e logo após iniciávamos os jogos que duravam uma semana com mais de 12 modalidades junto com a participação maciça dos colégios: Laudelino Freire, Polivante, Silvio Romero além das escolas do Jenipapo, da Brasília. Era uma semana de lazer muito importante para os estudantes lagartense.

LN – Durante os 12 anos?

Efren – durante os 12 anos fui secretário com a ajuda do meu grande Baluarte, Hermógenes Andrade. No esporte nós devemos muito a ele aqui em Lagarto.

LN – Além de Hermógenes, quais as outras pessoas que deram suporte ao senhor durante esse período em que esteve à frente da secretaria?

Efren – Nos temos o Jadson, mas eu fui uma pessoa que trabalhei quase sozinho. Só com o Hermógenes e o assessor, naquela época nem carro eu tinha para me deslocar. Eu fazia aquilo com amor e hoje se você entrar no mundo do esporte e não tiver amor, você não faz nada. Para os jogos estudantis, nós fizemos o Taticão. E fazia jogos todos os anos que era o campeonato de 35 anos e de 40 anos, tinha dias que você não tinha condições de sentar na arquibancada, era um lazer que o povo de Lagarto tinha durante a semana, nas quartas e sextas, que era ver futebol. Fazia torneios intermunicipais e hoje eu vejo daquele jeito vazio… Muitas vezes eu fechava o espaço porque não cabia mais gente, e muita gente tinha raiva de mim, mas o que eu podia fazer? Era para o bem da comunidade.

LN – O Lagarto Folia foi criado na sua administração?

Efren – No primeiro ano o prefeito trouxe a mulher globeleza, foi uma das maiores festas que a cidade já teve. Foi o início do Lagarto Folia, daí pra cá, de 1998 pra cá tinha todos os anos.

LN – A festa sempre era realizada no dia do aniversário da cidade no mês de abril?

Efren – era dia 20 de abril, nós não mudávamos de jeito nenhum, tinha a corrida do jegue que era o 7 de setembro. Nós nunca mudamos a tradição. E também nas festas juninas, nós fazíamos as festas nas ruas que era um concurso da rua mais animada, ai nós mandávamos a banda e o povo fazia o arraial. Tinha no santo Antônio, na rua da jaqueira. Sempre fizemos o São João no Forró dromo porque nos cobríamos o espaço e sempre era casa cheia. Já o natal e ano era na Filomeno Hora, e a secretária não tinha tanto recurso. Ficávamos chateados porque queríamos trazer banda de renome, mas não tínhamos orçamento.

LN – Os natais, essa tradição está se perdendo?

Efren – Os natais é o seguinte, antes fazíamos aqui na cidade e os povoados fazíamos uma semana depois de ano. Fazíamos um calendário para não ficar apertado e terminávamos no carnaval. Foi um trabalho árduo. Ainda participamos de um campeonato estadual no governo de Déda e ficamos no 3° lugar, levamos daqui pra Dores uma dupla de cavalheiros com salto de argolas. Entramos em todas as competições e saímos vitoriosos.

LN- O senhor é a favor da mudança do estádio Paulo Barreto?

Efren – eu sou contra, em todas as hipóteses, porque ali é um local central, a nossa equipe não é uma equipe de tradição, se você fizer o fechamento ali com arquibancada dá mais de 10 mil pessoas e a localização é outra. Onde é essa nova localização? Onde que vai colocar? Perto da cidade eu não sei onde.

LN – Esse ano o time voltou a crescer e a incomodar os grandes clubes ficando, tanto o juniores quanto o profissional, em terceiro lugar. Ao que o senhor atribui essa volta do clube?

Efren – Ao esforço da nova diretoria e da organização, mas ficou a desejar porque nós estamos dependendo muito dos jogadores de fora. Estive conversando com o presidente e talvez nós faremos um campeonato amador para que uma equipe pudesse retirar aquele jovem para o Lagartense. Eu batalhava muito por isso, que sempre que fizesse um campeonato amador que uma comissão do time fosse verificar em todos os campos aqueles jogadores para que pudéssemos dar oportunidade ao pessoal.

LN- Esse ano o Lagarto Futebol Clube não jogou em seu campo, jogou algumas partidas em Simão Dias e outras em Itabaiana, caso o estádio Paulo Barreto não esteja em condições de receber os jogos, o que o senhor acha que a diretoria deve fazer? Que o time desista do campeonato ou jogue fora do município?

Efren – Desistir do campeonato, nunca. Nós temos um estádio muito bom que o do 13, é só fazer uma reforma mínima. Eu não acho que o Lagarto deva sair do campeonato.

LN- Qual a mensagem que você deixa para o povo de Lagarto?

Efren – Quero que Lagarto cresça mais ainda, mas temos muita coisa a fazer pela cidade. Todos os esforços são válidos para darmos ao nosso povo uma condição de vida melhor, com mais esporte, cultura e lazer.

 

 

 

 

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