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O acordo da oposição com Cunha
13 de outubro de 2015 - 12:58, por Marcos Peris
No encontro do final de semana, os líderes da oposição pressionaram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que defira o pedido de impeachment. Em troca se comprometeram a não apoiar qualquer movimento para destituí-lo do cargo.
A oposição concluiu que não tem 257 votos para aprovar o impeachment, caso Cunha indefira o pedido. Mas não vai precisar enfrentar essa votação se ela for deferida. Essa foi a manifestação de Cunha em resposta à questão de ordem sobre o tema. Na página sete desta, diz: “Encontram-se asseguradas pela previsão regimental de recurso contra a decisão do presidente que indeferir o recebimento da denúncia” (artigo 218, parágrafo terceiro, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados).
Os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner se reuniram ontem com líderes petistas para ver como enfrentam essa situação. A maioria deles não havia se dado conta dessa interpretação e vão lutar por um recurso no plenário. Alguns petistas acham que será inútil e que o partido, e aliados, devem se preparar para aprovar em plenário os 66 nomes da comissão especial que vai analisar a admissibilidade a abertura de um processo de impeachment. A decisão do ministro Teori Zavascki (STF), questionando a decisão Cunha, dará tempo para o governo agir.
Esses 66 nomes serão indicados pelo critério da proporcionalidade, mas terão que ser aprovados em plenário. O presidente e o relator da comissão também terão que ser aprovados, mas em votação na comissão especial. Por isso, o Planalto começou a correr para atender os pleitos dos aliados. A presidente Dilma precisa de uma base coesa para enfrentar esse embate político. Um quadro importante do PT resume o quadro: “O problema do governo não é o Eduardo Cunha, é a base do governo”. Até porque, não dá tempo de cassar Cunha antes que votar o impeachment da presidente Dilma. (por Ilimar Franco)